Open/Close Menu Medicina do Esporte e do Exercício Tratamento da Dor e Reabilitação

O preconceito em relação à participação das mulheres esportivas remonta à Grécia antiga, quando ela era proibida até mesmo de assistir aos Jogos Olímpicos. Durante muito tempo ela foi poupada da prática de esportes pela crença de que o exercício poderia ser prejudicial a sua saúde. Posteriormente, foi permitido o seu ingresso em algumas modalidades de exercícios leves. Apenas em 1972 as mulheres foram admitidas a participar de competições oficiais de maratonas e outros eventos de mais longa duração.

 

Os benefícios da atividade física têm sido comprovados em ambos os sexos. Na mulher esta abordagem tem adquirido algumas características próprias que incluem desde as diferenças do perfil hormonal, passando pela incidência de determinadas doenças, até as respostas e adaptações ao exercício. Na redução da pressão arterial, por exemplo, encontram-se trabalhos que mostram que a mulher, através do exercício, apresenta uma resposta de redução mais eficiente que os homens.

 

Outro vantagem que as mulheres levam, é que a incidência de doenças cardíacas ocorre, em média, dez anos após a do homem e isso se explica, pelo papel protetor do estrogênio, que se antém presente até a época da menopausa.

 

Efeitos do estrogênio sobre a parede arterial:

  • retenção diminuída do LDL (colesterol ruim) na parede arterial;
  • ação antiinflamatória;
  • estímulo a produção de óxido nítrico, substância que faz vasodilatação, aumentando o calibre dos vasos;
  • ação antioxidante;

 

Porém, caro leitor ou leitora, a mulher também tem suas desvantagens pois têm menor porcentagem de músculos em relação aos homens, portanto elas têm menor potência e explosão muscular durantes os exercícios. Além disso, a massa cardíaca da mulher é menor e consequentemente, o coração manda menor quantidade de sangue aos músculos e ao cérebro. Outra diferença em relação aos homens, é a menor capacidade de transporte de oxigênio devido a um nível médio reduzido de hemoglobina (molécula responsável pelo transporte de oxigênio) em consequência às menstruações.

 

Síndrome da Mulher Atleta

É uma síndrome que não ocorre somente em mulheres que participam de atividade física competitiva, mas acomete de modo cada vez mais frequente adolescentes e mulheres praticantes de exercício de nível recreacional. É caracterizada por: distúrbios alimentares (restrição de ingesta, bulemia, anorexia), amenorréia (ausência de menstruação) e osteoporose. Por trás dos sinais e sintomas está a pressão psicológica em manter um corpo muito magro e com baixíssimos índices de gordura, com o intuito de ter uma melhor performance nos esportes ou pela adoção de padrões estéticos que divergem das características naturais individuais.

 

Climatério

É um período que antecede a menopausa e é caracterizado por uma diminuição fisiológica da função ovariana. Com isso, ocorre redução da produção de hormônios, principalmente do estrogênio, levando a alterações em nosso organismo.

Ocorre modificações no metabolismo ósseo, predominando mais reabsorção de massa óssea no processo de remodelamento, aumentando a possibilidade de adquirir osteoporose. Outra alteração é o aumento dos níveis de “colesterol ruim” (LDL) e diminuição do “colesterol bom” (HDL) neste período do climatério.

 

Logo, é importantíssimo, também nesta fase, a realização de exercícios para diminuir este processo natural da vida das mulheres. Lembrando que exercícios de impacto e musculação aumentam a massa óssea, seja de maneira direta do impacto sobre o esqueleto e indireta pelo aumento da força muscular. Há uma tendência de a massa óssea ser proporcional à força muscular, pois a maior tração, exercida por músculos mais fortes, serve como estímulo à mineralização óssea.

 

Atividade física na gestação

A atividade física na gestação é recomendada na total ausência de anormalidade, mediante avaliação médica especializada. Durante uma gestação normal, quem já praticava exercícios pode continuar a fazê-los, adequando a prescrição à gestação. Os objetivos da prática da atividade física em gestantes são a manutenção da aptidão física e da saúde, diminuição de sintomas gravídicos, melhor controle do ganho de peso, a diminuição da tensão do parto, e uma recuperação no pós-parto imediato mais rápida.

 

Outros benefícios são o auxílio no retorno venoso prevenindo o aparecimento de varizes de membros inferiores e a melhora nas condições de irrigação da placenta.

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