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A crescente valorização do corpo na sociedade, refletida nos meios de comunicação de massa, que expõem como modelo de corpo ideal e de masculinidade um corpo inflado de músculos pode estar contribuindo para que um número crescente de jovens envolva-se com o uso de esteroides anabolizantes, na intenção de rapidamente desenvolver massa muscular. O consumo dessas substâncias, especialmente entre jovens fisiculturistas, atletas e adolescentes visando somente estética, tem sido registrado com frequência ascendente em vários países e diversos estudos têm documentado os danos à saúde causados pelo seu uso.

 

Em virtude disso, surge uma patologia chamada vigorexia que consiste em uma busca incansável pelo aumento de massa muscular, mesmo quando os músculos estão hipertrofiados em sua máxima definição. Esse distúrbio, ao contrário da anorexia e bulimia nervosa, é mais comum em homens de 28 a 35 anos de idade. Acredita-se que cerca de 10% dos frequentadores assíduos das academias sejam portadores da doença. Além do exercício exaustivo, o portador da doença utiliza, em sua maior parte, doses altas de suplementos anabólicos, hormônios anabolizantes e outros métodos que prometem aumento do volume muscular. Porém, normalmente esses métodos adotados não são feitos com acompanhamento nutricional e/ou médico.

 

Dentre as principais características dos portadores de vigorexia, destacam-se:

 

  • Excesso de exercício que visam aumento e definição muscular
  • Autoimagem distorcida, acreditando ser sempre muito mais fraco do que realmente é.
  • Uso abusivo de suplementos anabólicos, “queimadores de gordura” e esteroides anabolizantes.
  • Imunidade (defesa do organismo) alterada
  • Recusa e não aceitação de acompanhamento de um profissional para elaborar um plano adequado de suplementação e farmacológico
  • Sensação de cansaço, fazendo com que muitas vezes utilizem estimulantes como cafeína, anfetaminas e até mesmo cocaína.
  • Depressão

  

Anabolizantes são substâncias sintéticas derivadas do hormônio sexual masculino (testosterona) que age no crescimento muscular e ósseo, e na formação dos caracteres sexuais masculinos (órgãos sexuais, produção de espermatozoides, pelos, barba, voz).

 

 Efeitos adversos:

  • Transtornos psicológicos (agressividade e alteração de humor)
  • Aumento do colesterol ruim (LDL), aumentando o risco de doenças cardiovasculares (infarto e derrame cerebral).
  • Acne
  • Hipertensão arterial e insuficiência renal
  • Câncer fígado
  • Hepatite
  • Ruptura tendões e ligamentos: pois não se desenvolvem na mesma velocidade e sofrem micro rupturas com esse aumento rápido da musculatura.
  • Estrias:  a pele não acompanha o crescimento rápido dos músculos

 

Exclusivo dos homens:

Ginecomastia (aumento do tecido mamário), diminuição produção espermatozoides (podendo levar à infertilidade), atrofia testículos, câncer próstata.

 

Exclusivo das mulheres:

  • Virilização: voz grossa, aumento clitóris (órgão genital feminino responsável pelo prazer), pelos em face.
  • Queda de cabelo, câncer mama, alteração no ciclo menstrual, amenorreia (ausência de menstruação), danos ao feto.

 

Oxanandrolona:

É um exemplo de anabolizante e tem menos efeitos colaterais que os demais. Na medicina é usado para pacientes que perderam muito peso como AIDS, grandes queimados, infecções crônicas, câncer, desordens neuromusculares e desnutrição. A dose nestes casos é de 5 a 20 mg ao dia. Porém, não tem indicação para fins estéticos já que existem outras maneiras de se ganhar massa magra sem correr risco à saúde como fazer acompanhamento com um nutricionista, uso de suplementos alimentares e praticar exercícios resistidos (musculação).

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